A Batalha pela sua Alma (Parte I)
Há muito tempo as religiões e cultos afrobrasileiros enfrentam um ataque declarado de intolerância religiosa, preconceito e discriminação de toda a sorte, engendrado em sua maioria pelas igrejas evangélicas, principalmente as "neopentecostais” (1) que ganharam popularidade, espaço na mídia (televisiva, de radiodifusão e impressa) e expressão política. A capilaridade com que essas igrejas se expandiram em solo brasileiro, muitas fora dele e os motivos que levaram uma representativa parte da população brasileira a se converterem, têm sido analisados por muitos cientistas sociais e religiosos em seus estudos e teses, agora não mais vistos como um mero fenômeno social religioso, mas sim, como uma incontestável realidade no quadro demográfico de nosso país. Dados do Censo Demográfico 2010 apontaram que a população evangélica no Brasil passou de 15,4% da população para 22,2% o que representava à época 42,3 milhões de pessoas colocando-a como a segunda religião com o maior número de ...