Série: Reflexões - Umbanda no Século XXI
Aproveitando o ensejo das comemorações dos 100 anos de Umbanda (1908-2008), resolvi desenvolver uma série de textos que tratarão de reflexões pessoais sobre a Umbanda, seu movimento e de temas, polêmicos ou não, que sempre se destacam nas pautas de discussão e debate umbandistas. Mais do que isso tentar visualizar os desafios que já estão postos para a Umbanda em pleno século XXI.
Acredito que a vivência religiosa, o constructo da fé, a práxis ritualística e litúrgica de qualquer religião, passe necessariamente pela racionalidade jamais se deixando render a uma estaticidade de comportamento e crença, que geralmente se cristalizam em dogmas obnubilando a reflexão e o livre pensamento. Se estamos nesse plano de existência, tendo como objetivo primordial a evolução espiritual, esse deve permear todos os segmentos de nossas vidas, sem exceção. Assim, sempre devemos trabalhar o exercício do questionamento, da dúvida, da curiosidade salutar e da busca do conhecimento e do aprendizado.
Invariavelmente, percebemos no movimento umbandista algumas situações que nos incomodam profundamente, refletidas em diversos posicionamentos que se pudessemos resumir em uma única frase, seria a que ultimamente vemos pronunciadas por muitos que acreditam serem detentores ou praticantes da "verdadeira" Umbanda: "Isso é Umbanda, isso não é Umbanda".
Particularmente, antes que me apontem, já caí nesse lugar comum e por diversas vezes juntei minha voz ao coro desse tipo de situação. A diferença está no fato, que pelo menos eu, tenho procurado (isso não significa que eu tenha conseguido realizar plenamente), acompanhar a evolução do movimento umbandista, refletido sobre o que acontece, me debruçado sobre o que aparece de novo no espiritualismo de uma forma em geral e revisto os meus conceitos. Quem, por ventura, acompanha os meus escritos, deve ter percebido claramente essas mudanças de opinião, ou como eu prefiro dizer evolução natural dos conceitos. Para ficarmos no exemplo, veja o caso do Rito de Sacrifícios de Animais. Quem chegou a ler o meu livro, publicado em 2002 pela Ed. Ícone (em que eu realizo uma defesa arraigada do mesmo) e lê o meu artigo nesse blog "Sacrifício de Animais não é tudo!" vai perceber a diferença de posicionamento. Antes de caracterizar dubiedade em minhas opiniões e instabilidade nas minhas posições, representa o fato que todo umbandista, tal qual a religião que professa está aberto a todas as oportunidades de evolução não fechando questão, por ainda não ter sido formulado o último questionamento.
Assim, cada um dos textos dessa série, devem ser lidos de mente aberta e sem idéias preconcebidas, pois os mesmos de forma alguma estarão impondo verdades, determinando posições, ou impondo atitudes que devem ser seguidas a risca. Não me considero mais nada, além do que ser um religioso umbandista, igual a todos os meus pares, sem exceção, na fé, no amor e na devoção para com essa Umbanda de todos nós, que resolvi nessa nova série do nosso espaço virtual compartilhar as minhas ilações na revisão de alguns dos conceitos desses meus 29 anos de umbanda.
Namastê,
Pai Caio de Omulu
Acredito que a vivência religiosa, o constructo da fé, a práxis ritualística e litúrgica de qualquer religião, passe necessariamente pela racionalidade jamais se deixando render a uma estaticidade de comportamento e crença, que geralmente se cristalizam em dogmas obnubilando a reflexão e o livre pensamento. Se estamos nesse plano de existência, tendo como objetivo primordial a evolução espiritual, esse deve permear todos os segmentos de nossas vidas, sem exceção. Assim, sempre devemos trabalhar o exercício do questionamento, da dúvida, da curiosidade salutar e da busca do conhecimento e do aprendizado.
Invariavelmente, percebemos no movimento umbandista algumas situações que nos incomodam profundamente, refletidas em diversos posicionamentos que se pudessemos resumir em uma única frase, seria a que ultimamente vemos pronunciadas por muitos que acreditam serem detentores ou praticantes da "verdadeira" Umbanda: "Isso é Umbanda, isso não é Umbanda".
Particularmente, antes que me apontem, já caí nesse lugar comum e por diversas vezes juntei minha voz ao coro desse tipo de situação. A diferença está no fato, que pelo menos eu, tenho procurado (isso não significa que eu tenha conseguido realizar plenamente), acompanhar a evolução do movimento umbandista, refletido sobre o que acontece, me debruçado sobre o que aparece de novo no espiritualismo de uma forma em geral e revisto os meus conceitos. Quem, por ventura, acompanha os meus escritos, deve ter percebido claramente essas mudanças de opinião, ou como eu prefiro dizer evolução natural dos conceitos. Para ficarmos no exemplo, veja o caso do Rito de Sacrifícios de Animais. Quem chegou a ler o meu livro, publicado em 2002 pela Ed. Ícone (em que eu realizo uma defesa arraigada do mesmo) e lê o meu artigo nesse blog "Sacrifício de Animais não é tudo!" vai perceber a diferença de posicionamento. Antes de caracterizar dubiedade em minhas opiniões e instabilidade nas minhas posições, representa o fato que todo umbandista, tal qual a religião que professa está aberto a todas as oportunidades de evolução não fechando questão, por ainda não ter sido formulado o último questionamento.
Assim, cada um dos textos dessa série, devem ser lidos de mente aberta e sem idéias preconcebidas, pois os mesmos de forma alguma estarão impondo verdades, determinando posições, ou impondo atitudes que devem ser seguidas a risca. Não me considero mais nada, além do que ser um religioso umbandista, igual a todos os meus pares, sem exceção, na fé, no amor e na devoção para com essa Umbanda de todos nós, que resolvi nessa nova série do nosso espaço virtual compartilhar as minhas ilações na revisão de alguns dos conceitos desses meus 29 anos de umbanda.
Namastê,
Pai Caio de Omulu
AGUARDEM EM BREVE A RELAÇÃO DE TEXTOS
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